Alegria e fé na catequese com Maria e com as crianças

Por Pe. Paulo Gil

 

Em clima de festa, no mês de outubro, comemoramos o Dia de Nossa Senhora Aparecida e o Dia das Crianças. Pode parecer uma delicadeza de Deus juntar duas motivações tão afetivas num mesmo dia de alegria e fé.

Em 12 de outubro, todos nós, católicos, celebramos a festa de Nossa Senhora da Conceição Aparecida, declarada, oficialmente, como festa litúrgica da Virgem Maria em 1953, pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). A festa já foi celebrada em outras datas: no dia 8 de dezembro, Imaculada Conceição; no quinto domingo após a Páscoa; no primeiro domingo de maio; e no dia 7 de setembro (Dia da Pátria).

UM SINAL DE AMOR

A imagem foi encontrada por pescadores no rio Paraíba do Sul, Estado de São Paulo, na segunda quinzena de outubro de 1717. A Virgem do silêncio e de fé que, há 304 anos, acompanha a vida do povo brasileiro é saudada com devoção e esperança por milhões de pessoas no Brasil e em outros países.

Uma imagem pequenina fez crescer a fé no coração de muitos filhos e filhas de Deus, seguidores de Jesus Cristo, seu filho e Nosso Senhor.

O silêncio de Maria é sinal de sua fidelidade ao Deus da vida e do amor. Por Maria, Deus trouxe ao Mundo Jesus, o Emanuel (Deus Conosco). Ela que, no silêncio de seu coração, acolheu o chamado divino e continuou entre nós, perseverante no silêncio, para nos educar na fé com o seu exemplo. Viveu sua fé motivada pela escuta orante da Palavra de Deus e acolheu em seus braços Jesus, que, na fragilidade de uma criança, revelou a mão forte de Deus: “O Poderoso fez para mim coisas grandiosas. O seu nome é santo” (Lc 1,49).

Na catequese, podemos apresentar a ternura de Maria que, na sua infância, aprendeu como manter viva a fé em Deus e experimentou o seu amor; na juventude, viveu a aventura de rever seus planos para seguir o plano de Deus; na vida adulta, confirmou sua perseverança como fiel discípula de seu filho, Mestre e Senhor.

A espiritualidade mariana nos ajuda a crescer na intimidade com Deus. Para isso é importante:

Reconhecer nossa humildade diante do Senhor;
Acolher a Palavra de Deus como luz e alimento para uma vida de fé;
Fazer o bem como compromisso de vida cristã, no caminho do discipulado;
Dedicar-se à prática da oração e da caridade;
Servir no amor, com o coração de discípulo missionário de Jesus Cristo;
Já o Dia das Crianças foi estabelecido por uma lei sancionada em 1924, durante a Primeira República. Nos anos 1950, passou a ser mais comemorado no Brasil. Em 1959, o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) estabeleceu o dia 20 de novembro como Dia Internacional das Crianças, em referência à Declaração dos Direitos da Criança.

UM SINAL DE ESPERANÇA

Comemorar esse dia é reconhecer que a vida reveste-se de luz com a pureza e a beleza das crianças. A criança também nos ensina. Ela nos mostra que é possível enxergar o mundo com mais simplicidade. Sua inocência e disponibilidade, para acolher as novidades da vida, inspiram-nos na busca de viver com mais empatia. Com singeleza, as crianças se entregam na descoberta de tudo, exemplo que cativa a todos.

Na catequese, podemos educar nossos catequizandos na fé com o jeito único das crianças:

  • Apresentar a Boa-Nova de Jesus com alegria, transformando os encontros em momentos extraordinários;
  • Revelar o amor pela Palavra de Deus com brilho nos olhos, destacando simples detalhes em grandes descobertas;
  • Ajudar no conhecimento e acolhimento das verdades da fé, reconhecendo suas idades e respeitando suas diferentes realidades;
  • Estimular para que guardem o melhor da catequese como memória viva e motivação para a perseverança na comunidade de fé.

Queridos(as) catequistas! O mês de outubro é muito especial. Vamos juntos nessa missão, animados pela fé e fortalecidos pela esperança de construirmos uma comunidade que tenha o rosto de Maria, refletindo ternura e amor, para acolhermos nossos irmãos e irmãs na fé, atraídos para Cristo.

Que a nossa comunidade tenha o coração de uma criança, repleto de bondade, de simplicidade e de beleza, para vivermos unidos. Façamos de nossa catequese um espaço de festa: festa da vida, do encontro e da partilha.

Continuemos no caminho de Jesus, mantendo no rosto um sorriso largo e um semblante de esperança e de paz!

Fonte: Revista Ave Maria

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