ACN lança campanha “Rio Grande do Sul – um pedido de socorro que não pode ser ignorado”

Destruição total na cidade gaúcha Arroio do Meio por causas das enchentes Foto: Gustavo Mansur/Palácio Piratini

Fortes chuvas voltaram a cair sobre o Rio Grande do Sul nos últimos dias, provocando nova cheia dos rios Taquari e Caí, desalojando ao menos 200 famílias em Arroio do Meio, Cruzeiro do Sul, Estrela, Lajeado e Muçum.

 

Por Márcio Martins – ACN

A catástrofe que atingiu grande parte do estado do Rio Grande do Sul já levou consigo vidas e sonhos, e em meio aos escombros amarronzados pela lama, o momento é de reconstrução e renovação das cidades e suas paróquias. A Ajuda à Igreja que Sofre (ACN, sigla em inglês) assumiu a iniciativa de procurar as Dioceses atingidas e oferecer ajuda para este momento de limpeza e reorganização, com o lançamento da campanha “Rio Grande do Sul – um pedido de socorro que não pode ser ignorado”, um projeto de apoio destinado às paróquias atingidas pela enchente: https://www.acn.org.br/rio-grande-do-sul/

A campanha tem como objetivo auxiliar a reconstituição da rotina pastoral, nos itens e utensílios fundamentais para o trabalho diário, como mobiliário, computadores e demais materiais da rotina das igrejas e secretarias paroquiais.

Assim que chegaram as informações da tragédia, a ACN aprovou um pedido de ajuda emergencial para mais de 30 paróquias que sofreram com as inundações. A prioridade da Igreja diante de situações que afligem o povo é sempre acolher e cuidar, ainda que a enchente também tomava as instalações paroquiais.

“Um grupo de pessoas pedia socorro na casa paroquial, às 22h30, pois o rio estava transbordando. Imediatamente abrimos a igreja e demos espaço para eles. Meia hora depois já havia umas vinte pessoas, compartilhando o que tínhamos: pão biscoito, leite, suco e fruta. ficamos acolhendo os desabrigados. Começamos a colocar todos os eletrodomésticos em cima das mesas. A água já tocava nas minhas canelas. Pegamos cobertores na Igreja e protegemos os computadores e máquinas de costura. As águas já estavam na altura das minhas coxas. Levamos o que podíamos para a Igreja. Voltei ao depósito da Igreja para pegar material de limpeza. As águas estavam na minha cintura. Na Igreja aumentava o número de pessoas. Vinham cadeirantes, idosos, famílias com crianças. Cada família trazia um cachorro. Pelas 2h da madrugada, tínhamos 100 pessoas na Igreja. Organizei os grupos, orientei para que mantivessem a limpeza. Tive que ir buscar mais material de limpeza: água sanitária, sacos de lixo, facas e copos.  As águas estavam no meu umbigo. Mais pessoas vinham”, relata o Padre Vicente Zorzo, SJ – Paróquia Santíssima Trindade – Porto Alegre

De fato, a Igreja é mais que paredes e mobiliários, é um espaço de encontro e solidariedade, sobretudo em meio à desolação. Por isso mesmo que as paróquias se tornaram em ponto central para a distribuição de ajuda e, mais importante ainda, na referência de acolhimento para as comunidades que ainda enfrentam tantos desafios.

Com tanto a fazer e tão poucos recursos, a Igreja do Rio Grande do Sul conta com a sua ajuda. É necessário superar a atual situação e substituir a lama pelas cores da esperança em uma vida reconstruída. Página para ajudar na campanha: https://www.acn.org.br/rio-grande-do-sul/

Link para baixar as fotos e vídeo de depoimento do Bispo de Novo Hamburgo: https://shorturl.at/Cai8s

Sobre a ACN – Ajuda à Igreja que Sofre

A ACN (Ajuda à Igreja que Sofre) é uma Fundação Pontifícia que apoia, por meio de informação, oração e ação, os fiéis onde quer que sejam perseguidos, oprimidos ou enfrentem necessidade. Fundada no Natal de 1947, a ACN foi elevada à condição de Fundação Pontifícia da Igreja em 2011. Todos os anos, a instituição atende cerca de 5.000 pedidos de ajuda pastoral da Igreja em mais de 130 países. Os projetos apoiados incluem: formação de seminaristas, impressão de Bíblias e literatura religiosa – incluindo a Bíblia da Criança da ACN com mais de 51 milhões de exemplares impressos em mais de 190 línguas -, apoio a padres e religiosos em missões e situações críticas; construção e reconstrução de igrejas e demais instalações eclesiais; meios de transporte para evangelização; programas religiosos de comunicação; ajuda a refugiados e vítimas de conflitos.

Fonte: Vatican News

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