A tradição de celebrar o padroeiro ou padroeira

“Outro Anjo veio postar-se junto ao altar, com um turíbulo de ouro. Deram-lhe grande quantidade de incenso para que o oferecesse com as orações de todos os santos, sobre o altar de ouro que está diante do trono. E, da mão do Anjo, a fumaça do incenso com as orações dos santos subiu diante de Deus.” (Apocalipse 8,3s)

Esta é apenas uma de várias passagens bíblicas que citam, de alguma maneira, “os santos”. Não é à toa que a Igreja Católica, ao longo do ano, faz memória a eles. Por serem comumente invocados pelos cristãos de determinadas localidades, alguns santos eram considerados protetores destes locais. Embora não se tenha uma data precisa, o século VII é tido como aquele que marcou na Igreja a escolha do padroeiro(a) para as catedrais, cidades, paróquias etc.

Daí veio a tradição de ter um santo(a) como padroeiro(a), ou mesmo a Virgem Maria – sob as várias invocações; o Espírito Santo etc. Nossa Senhora Aparecida, por exemplo, é a padroeira do Brasil e da Diocese de Itabira-Coronel Fabriciano, assim como Nossa Senhora da Saúde é a padroeira de uma das paróquias do município de Itabira.

Em nossa Diocese, há vários padroeiros(as) invocados(as) como protetores das nossas paróquias: Santo Antônio, São Geraldo, Nossa Senhora de Fátima, Sagrado Coração de Jesus, Nossa Senhora da Conceição, entre outros.

Esta é uma “tradição” que marca, normalmente, a afinidade e vivência afetiva de uma comunidade em relação ao seu padroeiro, festejado a cada ano.

É importante ter em mente que a festa do padroeiro não é apenas uma rotina anual mas, sobretudo, um momento para amadurecer ainda mais a fé. Um encontro pessoal consigo e com o outro, através da igreja e da comunidade, num claro seguimento aos passos do Mestre Jesus. Este é o instante em que congregam os paroquianos, os visitantes e as famílias em uma experiência religiosa vivenciada nas dimensões espiritual e social.

A dimensão espiritual é elevada durante as missas, novena e procissões. Já a dimensão social passa por aquele momento de confraternização que sempre ocorre após as celebrações. Na Paróquia Nossa Senhora da Saúde, todos os dias, há barraquinhas e atividades socializadoras – uma oportunidade de conhecer, para além dos bancos da igreja, as pessoas que comungam de uma mesma fé cristã. É um partilhar da devoção e da alegria pela dom da vida.

Nossa Senhora da Saúde é celebrada, em nossa paróquia, no dia 15 de agosto. No entanto, há comunidades que a celebram em outras datas, como no dia 22 de abril em Lisboa.

Como aqui a festa é realizada em agosto, e coincide com o período compreendido pela Semana da Família, este ano de 11 a 17, a ‘família’ está sempre inserida nos temas diários e nas orações da novena.

A primeira Capela com a invocação de Nossa Senhora da Saúde em Itabira, data de 1813. Portanto, é razoável supor que a Festa e Novena em honra a nossa padroeira acontece há cerca de 200 anos neste município.

Que Nossa Senhora da Saúde continue rogando por nós!

Assessoria

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