Por Dom Roberto Francisco Ferreria Paz
Bispo de Campos/RJ
A Congregação para a Educação Católica publicou uma nova instrução, divulgada no dia 29 de março do presente ano. No contexto da proposta do Papa Francisco, de um Pacto Mundial Educativo, este documento traça diretrizes e princípios que brotam da missão de ensinar da Igreja como Mãe e Mestra, não como simples tarefa ou ação filantrópica, mas intrinsicamente ligada ao anúncio da dignidade, valor e destino da pessoa humana à luz de Cristo.
Missão que a leva a manter uma presença criativa, missionária e atuante em todos os âmbitos da sociedade, a começar pela família recordando a função e responsabilidade insubstituível dos pais na educação, como primeiros e principais agentes da transmissão da fé e dos valores plenamente humanos.
Nestes tempos, a educação cristã assume o grandioso desafio de formar para o cuidado das pessoas, comunidades e dos povos, através do diálogo que eleva, enobrece e torna-se ponte, canal e antena de todas as aspirações que nos aproximam da plena estatura de Cristo, modelo e paradigma da educação cristã. Diálogo que se torna imprescindível para viver e testemunhar o artesanato da paz, e a sabedoria de resolução não violenta dos conflitos.
Para isso, corresponde num exercício saudável da laicidade e do legítimo pluralismo, compreender as legislações, competências e planos de diretrizes curriculares de cada Nação, defendendo o espaço irrenunciável da liberdade religiosa e da dignidade da consciência humana nos seus desdobramentos éticos e religiosos. Caminhando junto a toda a família humana, gerando e fazendo acontecer um mundo novo, solidário, fraterno e sustentável que saiba guardar com amor a Casa Comum.
Todavia, o educar como paixão, que se renova, busca apresentar a esperança que não decepciona e, como afirmava Dom Helder Câmara, as mais de mil razões para viver, pois, como termina o Papa Francisco “educar é dar esperança ao presente”. Deus seja louvado!
Fonte: CNBB
