A mensagem, assinada pelo secretário de Estado, o cardeal Parolin, foi enviada nesta segunda-feira (18/08), segundo dia do evento que termina na próxima quarta-feira, 20, em Bogotá na Colômbia, convocado pela Conferência Eclesial da Amazônia – CEAMA.
Mais de 90 bispos dos 9 países amazônicos estão reunidos em espírito sinodal para discernir sobre os desafios pastorais e missionários da região, onde moram mais de 33 milhões de pessoas, entre elas indígenas, ribeirinhos, camponeses e afrodescendentes. Esse é o primeiro grande encontro episcopal após o Sínodo para a Amazônia de 2019.
O telegrama de Leão XIV foi dirigido ao cardeal Pedro Ricardo Barreto Jimeno, presidente da Conferência Eclesial da Amazônia, uma organização que reúne, além do episcopado, também leigos, agentes pastorais, mulheres e indígenas.
É a primeira conferência de caráter “eclesial” na história recente da Igreja, tanto que o Papa reconhece e agradece os bispos pelo “esforço realizado para promover o maior bem da Igreja em favor dos fiéis do amado território amazônico”.
A esse respeito, continua o telegrama, Leão XIV convida a refletir sobre “três dimensões que estão interconectadas na ação pastoral dessa região: a missão da Igreja de anunciar o Evangelho a todos os homens, o tratamento justo aos povos que ali habitam e o cuidado da casa comum”. E o Pontífice aprofundou o argumento:
“É necessário que Jesus Cristo, em quem se recapitulam todas as coisas, seja anunciado com clareza e imensa caridade entre os habitantes da Amazônia, de tal forma que temos de nos esforçar por lhes dar o pão fresco e límpido da Boa Nova e o alimento celeste da Eucaristia, único meio para ser verdadeiramente o povo de Deus e o corpo de Cristo.
Nesta missão, move-nos a certeza, confirmada pela história da Igreja, de que ali onde se prega o nome de Cristo a injustiça retrocede proporcionalmente, pois, como assegura o Apóstolo Paulo, toda a exploração do homem pelo homem desaparece se somos capazes de nos recebermos uns aos outros como irmãos.”
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