O número de vítimas do terremoto que atingiu o país aumentou: 2.189 mortos e 12.000 feridos. O testemunho de dom Pierre André Dumas, bispo de Anse-à-Veau-Miragoâne: habitações, paróquias e casas canônicas foram destruídas. Religiosos e missionários prontos para ajudar: “Eles são o testemunho de que Deus nunca abandona ninguém”. A Conferência Episcopal Italiana aloca um milhão de euros.
Quanto mais o tempo passa, mais dramático se torna o balanço das vítimas do terremoto que devastou o Haiti em 14 de agosto. Os últimos dados divulgados pela Agência de Proteção Civil do país, colocam o número de mortos em cerca de 2.189, enquanto o número de feridos subiu para quase 12.000. As operações de resgate das últimas horas foram complicadas pela passagem da tempestade tropical Grace, mas apesar das dificuldades encontradas por voluntários e forças policiais, 16 pessoas foram encontradas vivas sob os escombros de um antigo prédio da ONU na aldeia de Brefet. E enquanto a Cáritas faz soar o alarme sobre a falta de alimentos e água, a Conferência Episcopal Italiana decidiu destinar um milhão de euros em ajuda, financiada através da taxa 8X1000, e convocou um dia de oração em todas as paróquias italianas para o próximo domingo.
“É um momento difícil, um momento de provação que temos que viver com muita fé”, disse dom Pierre André Dumas, bispo de Anse-à-Veau-Miragoâne, uma das dioceses mais duramente atingidas no Haiti. “É também um momento”, acrescentou o prelado, “em que temos que intervir, ficar perto e escutar as necessidades do povo”.
Toda a área da diocese de Anse-à-Veau-Miragoâne foi literalmente arrasada: sete em cada dez casas foram destruídas pelo forte terremoto de magnitude 7,2. “Ainda não temos contato com as pessoas que vivem nas montanhas e em áreas isoladas”, disse o bispo. As pessoas agora precisam de tudo, até mesmo de água. É por isso que estamos pedindo a ajuda de outros países.
Dom Dumas disse que os padres de sua diocese, junto com as religiosas e missionários, estão fazendo o melhor possível para ajudar os sobreviventes: “O acompanhamento de meus padres, irmãs e irmãos religiosos é constante”, afirmou. “Momentos de solidariedade se alternam com momentos de oração. Além disso, as poucas necessidades básicas que nossa Igreja local recebeu foram imediatamente compartilhadas”.
A situação das estruturas diocesanas também é dramática: muitas casas canônicas e paróquias foram literalmente arrasadas. Fizemos algumas verificações”, explicou dom Dumas, “e percebemos que mais da metade das igrejas não estão mais lá”. Mas, apesar de tudo, os padres estão presentes: eles acompanham os fiéis e tentam atender às suas necessidades. Eles estão entre o povo para mostrar que Deus não abandonou seu povo”.
Fonte: Vatican News – Federico Piana